quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Encontros e Despedidas"

Nunca gostei de despedidas, como cada um de vocês, imagino. Geralmente a gente se jura "amor eterno" e que iremos nos encontrar para um almoço ou um happy hour um dia desses, que acaba nunca chegando, pois cada um segue o seu rumo, o seu caminho.

Ao longos dos anos sofri com muitas despedidas, como todo mundo,  mas tendo realizado muitos estágios e tendo trabalhado em muitos lugares no Brasil me fez ter que dizer adeus muitas vezes... Depois veio a formatura e claro que praticamente não vi mais ninguém desde então.

Mais tarde vim para a França e deixei tanta coisa para trás.

Mas fico contente pois mesmo que os anos passem, posso encontrar alguém 2, 3 ou mesmo muito mais anos após e ainda ser muito bem recebida e ter muita coisa para trocar!!! Como uma amiga da faculdade que encontrei pela ultima vez em uns eventos de Rh lá por 2007 e depois nos encontramos em paris no final do ano e recentemente em Porto Alegre, e que através dela por acaso reencontrei um amigo de infância que tinha visto pela última vez em 2005!

E atualmente aqui passei por muitas despedidas, como os colegas da universidade (mais uma vez!) , os amigos brasileiros que por uma razão ou outra decidiam seguir um outro rumo, e os colegas.

Mas agora são os colegas de trabalho que estão indo embora... Em julho foi uma colega e agora em setembro será a minha chefe. E hoje foi a minha estagiária favorita!!! Ela chegou em maio para pouco mais de 3 meses de estágio e por obra do destino a minha colega mais experiente estava de férias, a chefe em licença saúde e o chefão afastado por problemas de saúde. No meio desse período superturbulento tive que me virar com substitutos em contratos temporários e tive que formar a estagiária que não podia adiar o começo de seu estágio.

Foi muito enriquecedor, pois desde que cheguei aqui (na França) e que comecei a trabalhar não tinha assumido diretamente essa responsabilidade de formar alguém. E a menina se mostrou inteligente, superengajada,  competente e de confiança, toda a empresa ficou muito contente com os seus resultados e quem recebeu os parabéns ainda por cima fui eu!!!

Ego à parte, hoje foi seu último dia. Eu tinha preparado uma "minifestinha" e uma lembrancinha surpresas e ela, que aprendeu a me conhecer um pouco e que sempre me via lendo, me ofereceu esse livro:

Adorei o presente, ainda não tinha lido e lerei com certeza!!!

Em uma das nossas exaustivas trocas literárias ela me disse que adorava os escritores ingleses e que Jane Austen era a sua preferida. Acredito que não tenha nenhuma idéia escondida, mas na mesma semana ela tinha presenciado uma situação em que uma pessoa tinha feito comentários preconceituosos a meu respeito (ela ainda me ofereceu chocolates dizendo que não tinha o poder sobre o que as outras pessoas diziam e pensavam, mas que estava ao seu alcance me confortar e me alegrar! )

Não sei mais se as despedidas são para sempre, não prometo mais que iremos nos encontrar um dia desses e nem quero continuar a me nutrir de falsas esperanças, o mais importante foi o quanto essa troca foi importante para nós duas, ela ávida de aprendizagem e eu que agarrei com unhas e dentes essa oportunidade de assumir mais responsabilidades, e ainda por cima como coach... o que me fez um bem imenso!

No mais a vida continua! Novos colegas chegando para recomeçar o ciclo dos "encontros e despedidas".

5 comentários:

Beth Blue disse...

Mas fico contente pois mesmo que os anos passem, posso encontrar alguém 2, 3 ou mesmo muito mais anos após e ainda ser muito bem recebida e ter muita coisa para trocar!!!

Foi exatamente o que aconteceu quando estive no Brasil em julho-agosto. E me fez lembrar novamente que amizade verdadeira resiste ao tempo e à distância. Encontrei amigos que não via há 12 anos (ou mais) e conversamos como nunca nos tivéssemos separados. Com amigos assim, a conversa flui como se a gente tivesse se encontrado mês passado! Bom demais, né?

Quanto às despedidas, já tive tantas na minha vida que tenho traumas. Pior mesmo foi não ter conseguido me despedir da minha própria mãe (coisas da vida).

beijos

Milena F. disse...

Beth, é tão bom contar com amigos assim, não é? Você sabe então do
que estou falando!
Mas as despedidas definitivas, dessas que a gente sabe que a pessoa não vai voltar, prefiro nem falar, ainda me machuca quando penso em uma pessoa muito importante que partiu e que hoje ainda me provoca lágrimas aos olhos quando me lembro desta época.
Quando se trata de mãe, ainda por cima, não consigo nem medir a sua dor.
Bjs

Vivi disse...

Sempre visito o seu blog mas ainda não tinha comentado. Você vai gostar do livro! Li quando estava na faculdade (isso há uns 10 anos)e me marcou muito. Bjs

Beth/Lilás disse...

Olá, Milena!
Vi um comentário seu lá no Saia Justa da Geórgia e fiquei curiosa para conhecê-la melhor. Como não sou de ler e ficar quieta, estou aqui comentando e dizendo que gostei muito das suas colocações e demonstrações de afeto.
Também adoro Jane Austen.
Apareça lá no meu pedaço também.
um abraço carioca

Lu Francesa disse...

Oi Milena, obrigada pelo comentário lá no blog, me fez ver as coisas de um outro lado.

Muito legal teu post e que bacana ganhar um livro da estagiária :)

É verdade, despedidas sempre existirão, temos q nos acostumar com elas, as vezes é difícil, eu já me mudei diversas vezes e por causa disso muitas despedidas tive que fazer, depois vim pra cá e de vez enquando amigos vão embora, então está "sempre" acontecendo por aqui. A parte ruim é estar longe das pessoas, mas a parte é boa é que q estamos "sempre" conhecendo novas pessoas.

Beijocas,Lu.