quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Trabalhar na França

Muitas pessoas chegam ao blog em busca de informações objetivas sobre o trabalho na França e acabam frustradas, então desta vez resolvi tentar explicar de forma mais objetiva.


Antes de aceitar uma proposta, é importante saber:
- tipo de contrato
- carga horária semanal ou dias trabalhados por ano
- salário e benefícios

Informações práticas:

- Para trabalhar na França é necessário ter a nacionalidade de um dos países membros da Comunidade Européia OU ter uma permissão (carta de séjour ou de résident) que autorize a trabalhar no país.

- A busca por emprego se faz deixando seu currículo disponível nos diversos sites de vagas de emprego, enviando diretamente às empresas (de preferência pela internet, mas vale pelo correio ou se apresentando pessoalmente em alguns casos, como lojas, restaurantes, hotéis, por exemplo, que sempre estão buscando alguém)

Tipos de contrato
  CDI: contrato por tempo indeterminado. Quer dizer que após o período probatório, para ser demitido é muito difícil, a não ser em caso de problema grave e em caso de dificuldades financeiras da empresa.

- CDD: contrato por tempo determinado, que significa que tem data para começar e para terminar! Pode ser menos de 1 mês, pode ser 6 meses ou mesmo 1 ano!!! Na teoria esse tipo de contrato existe para quando a empresa não precisa aumentar seu quadro de funcionários indefinidamente, mas em casos específicos (licença maternidade, férias, licença formação, doença, aumento de atividade temporária como Natal). Ao final do contrato, a empresa pode propor um CDI (pela lei quem está em CDD tem prioridade), ou pode ainda renovar o CDD.
Existem muitos contratos de "intérim", que são como CDDs (com data de inicio e fim), mas o empregador é uma empresa terceirizada, ou seja, uma agência de intérim. Eh uma forma de entrar no mercado de trabalho.

Carga horária semanal
Um tempo completo é de 35h, geralmente dividido em 5 dias de 7 horas de trabalho. A pausa para almoço não é inclusa no tempo de trabalho efetivo. Porém já vi muitas ofertas de trabalho para 39 ou 42h
Para cargos de chefia ou de carater mais especializado (cadre ou agent de maîtrise), geralmente eles contam 39h por semana na teoria, mas na prática não se tem hora para terminar... O funcionário tem prazos para terminar suas tarefas e os mais conscienciosos trabalharão até mais tarde ou levarão trabalho para casa. Esse assunto já gerou muita controversa, e andei perguntando a todo mundo que eu conheço sobre isso.

Milena: - D., você quase nunca consegue sair do trabalho antes das 20h. Quem te disse que tinha que trabalhar todas essas horas?
D. : Ninguém me disse, cada um gera as suas atividades, mas quando você vê que às 18h nenhum colega ainda deixou a sua mesa e que ainda resta muita coisa atrasada, você não quer ser o primeiro a partir e ficar "mal-falado".

Vejo também na minha empresa pelos e-mails que recebo, alguns bem tarde da noite, outros bem cedo da manhã...




São muito comuns os "tempos parciais", pessoas que trabalham 30h por semana, 20h, 10h ou menos... Acho muito bom para quem é estudante ou para quem quer, assim permite ganhar um dinheirinho, mas infelizmente se têm multiplicado esse tipo de contrato e muitas pessoas não têm escolha. Na teoria, assim que se libera uma vaga em 35h, quem está em tempo parcial seria prioritário...

Férias

São 5 semanas por ano, que podem ser tiradas separadamente. Cada empresa tem as suas regras e também existem as convenções coletivas.
Por exemplo, na minha empresa eles NUNCA dão mais de 3 semanas consecutivas de férias. Eu gosto de tirar 3 semanas no verão (bom para fazer uma viagem longe como é o caso do Brasil e foi a China), depois 1 semana no inverno (muita gente faz o mesmo, para esquiar ou fugir do frio em algum país quente) e 1 semana na primavera. Igualmente na minha empresa, pela atividade principal, em algumas datas eles não autorizam férias de jeito nenhum, como é o caso de metade de novembro até o Natal e o mês do Dia das Mães.

Para os "cadres" dos quais falei mais acima, eles beneficiam igualmente de dias de folga, que são chamados RTT (redução de tempo de trabalho). O cálculo é complicado, depende dos dias úteis do ano e do contrato, mas geralmente fica entre 8 e 12. Porém para usufruir desses dias de "folga" cada empresa tem as suas regras. Temos amigos que acumulam tudo, já outros que a empresa autoriza 1 RTT por mês. Na minha podemos acumular 3 RTTs, mas não podemos acumulá-los com férias, por exemplo. Ali eles não gostam que passemos muito tempo longe da empresa.

Salário e benefícios

O salário mínimo para 35h por semana fica em torno de 1120€ líquido em 2013 (retirando os descontros). Quando vemos o salário bruto, um bom cálculo é retirar 22% para saber quanto receberemos de verdade.
Porém vale lembrar que ao contrário do Brasil, o imposto de renda não é descontado em folha de pagamento!!! Ou seja, o IR é pago separadamente, uma vez por ano, ou então podemos entrar em contato com o centro de impostos mais perto de casa e solicitarmos a mensualização (o que particularmente prefiro, para não pagar toda a bolada de uma vez).

13º salário não é previsto em lei, como no Brasil. Algumas empresas o fazem, mas resta uma minoria. Meu marido que é funcionário público não tem 13º salário, e eu também não. Mas no meu caso beneficio de participação nos lucros, o que tem sido interessante, já que até o momento a empresa vai bem.

A empresa deve pagar 50% do transporte do empregado. Mas caso o mesmo utilize seu veículo pessoal, não é previsto o pagamento pela empresa(mas podemos descontar no imposto de renda). Algumas empresas podem ter uma verba para o combustível, mas geralmente é quando se utiliza o veículo no contexto do trabalho.

Algumas empresas disponibilizam aos funcionários um "plano de saúde", que aqui na França se chama Mutuelle, e geralmente é mais interessante fazer com a empresa do que fazer por si mesmo. Eh muito importante ter uma "Mutuelle" pois somente uma parte dos gastos com a saúde são pagos pela saúde pública. O restante, quem não tem uma mutuelle tem que pagar do seu próprio bolso. Consultas, medicamentos e exames simples não são um problema, pois são realmente muito baratos (comparando com o Brasil), mas em casos mais complexos os preços são absurdos, como uma diária em UTI (somente a parte que não é coberta pela saúde pública pode ultrapassar os 2 mil euros por dia... então imagine 10 dias em UTI...)

Outras peculiaridades

- Em caso de afastamento do trabalho por doença, são previstos 3 dias de carência em que o funcionário não é pago. Se por um lado evita que a pessoa falte ao trabalho por qualquer bobagem, prejudica quem realmente está doente, no meu ponto de vista. Sem contar que os médicos acabam sendo condescendentes e ao invés de dar 3 dias de repouso por uma gripe, acabam dando atestado pela semana inteira!!!

- Licença maternidade: 16 semanas, mas conta a partir do momento em que deixou de trabalhar (geralmente 6 semanas antes do parto) e as semanas seguintes após o nascimento do bebê. A licença aumenta em caso de gêmeos (ou mais), ou caso a gestante já tenha outros filhos. A não ser  que o médico coloque como doença... E geralmente os médicos são mais uma vez "parceiros"... Na minha empresa, nunca vi uma colega trabalhar além dos 5 meses de gravidez, e olha que tem umas 50 grávidas por ano!!! Vai me dizer que TODOS os casos eram gravidez de risco que exigia repouso absoluto?

- Licença parental: para um filho, pode ser remunerada durante 6 meses, ou até 3 anos da criança quando é o segundo filho ou mais. Apesar do valor da licença ser bem baixo, para algumas famílias ou salários baixos pode compensar, tendo em vista que aqui na França pagar uma babá custa muito caro.


- Jornada de solidariedade: 1 vez por ano temos que trabalhar gratuitamente para que o dinheiro seja revertido aos cuidados com os idosos. A cada ano a data muda, mas é sempre em um feriado. Quando é possível trabalhar no feriado, o funcionário trabalha sem ser pago, mas quando não é possível (a empresa não tem atividade/ não abre nesse dia), temos que colocar esse dia como férias ou RTT.

Espero que essas explicações tenham ajudado a deixar mais claro o universo do trabalho na França.

* existem algumas diferenças entre o que é regra na França e uma legislação em vigor na região da Alsace-Moselle. Pode ser mais avantajoso viver e trabalhar na por lá!!!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Oficina Francisco Brennand, em Recife

Francisco Brennand é um dos nomes mais importantes da escultura contemporânea no Brasil, mais conhecido pelo seu trabalho de ceramista, apesar de ser um artista plástico atuando igualmente no desenho e pintura, dentre outros domínios das Artes Plásticas.

Seu Museu-Oficina, localizado no domínio do Engenho Santos Cosme e Damião (no bairro  da Várzea, em Recife) abriga mais de 2 mil obras do artista, espalhadas a céu aberto e em enormes galpões. Trata-se de uma antiga olaria herdada de seu pai, que em 1971 estava em ruínas quando o artista começou a dar uma outra forma e utilidade ao local.

Localizado em plena Mata Atlântica (ou o que ainda resta dela), o Museu-Oficina Cerâmica Francisco Brennand é um recanto de paz, arte e criação.

Suas criações nos transportam para um universo fantástico, evocando o mundo animal e vegetal.

 Eu prefiro na obra dele tudo que é mais lúdico, mas ele também evoca um todo outro universo que é aterrador e trágico, que nos perturba e atrai ao mesmo tempo
 Tudo é muito bem cuidado, organizado e limpo, colocando ainda mais em valor cada criatuda, que a um certo momento nos parecem animadas. 
Infelizmente lá estivemos em um chuvoso dia do final de julho, mas o local deve ser ainda mais lindo com mais sol e menos chuva.

 O local funciona como uma verdadeira fábrica de cerâmica, produzindo e exportando para muitos lugares do Brasil e do mundo. Porém as peças têm um custo elevado, visto a notoriedade do artista.

 Nos espaços cobertos, a luz natural penetra e nos deixa boquiabertos. 
As cores, relevos e texturas são impressionantes

Na sala escura e a pobre criaturinha ali "presa":
  

Quem tiver sorte pode vê-lo por ali, já que ele continua indo ao local, criando e produzindo em pleno gás, apesar de seus 86 anos!


Informações práticas:

Por ser um local privado, não abre sábados, domingos e feriados.
O acesso por transportes públicos não é nada fácil nem rápido, já que fica realmente fora do centro da cidade e dos bairros mais turísticos. A melhor forma para visitar a oficina é de carro ou de taxi. De taxi não deve ser nada barato (pela distância e engarrafamentos), melhor dividir com outras pessoas.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nepal, no teto do mundo

Costumo falar aqui no blog somente dos lugares que visitei pessoalmente, mas ouvi falar que os brasileiros estão se interessando ultimamente pelo Nepal, e resolvi abrir uma exceção. Desta vez vou falar de uma viagem que o marido fez a esse país fantástico antes de nos conhecermos.
Convido a todos a descobrir o Nepal através do olhar dele:

O Nepal se estende pela cordilheira do Himalaia e de lá podemos atingir 8 das 10 montanhas mais altas do mundo. Trata-se do primeiro país do mundo em altitude.
Situado ao nordeste da India e sudoeste da China (mais especificamente ao sul do Tibet), teve um papel importante de intermediário entre os dois países, mas também foi porta de entrada para as invasões.

Seu roteiro incluiu: Vale do Katmandu, Patan, Pokhara e Bhaktapur (onde ele visitou uma grande escola de pinturas especializada em tangka), diversas trilhas pelas montanhas (proximo à Pokhara e Annapurna) e cidadezinhas menores.

Stupa de Bodhnath
 
Macaquinhos se sentem em casa nos templos
Máscaras e mais máscaras!
 Festividades para todos os lados, todos os dias


O templo pagoda newar de Nyatapola em Bhaktapur e os moinhos de orações.

A maioria dos visitantes se interessam pelas montanhas (Evereste, que marca a fronteira com o Tibet, e Annapurna, principalmente), mas segundo o nosso ponto de vista, quem não busca descobrir a população, seus modos de vida e seu ambiente natural passa ao lado da essência do país. 

Apesar de ser um país pequeno, existe uma grande diversidade de etnias.

 Ainda segundo o maridão, os brasileiros que o perdoem, mas ele ainda não encontrou povo mais gentil que os nepaleses. Um povo que vive muitas adversidades e que apesar das dificuldades faz tudo o que pode para ajudar (o turista), e se não consegue ajudar se sente muito culpado. Sem contar essa espiritualidade incrível que a gente não "sente" em nenhum outro lugar do mundo além da Asia.


Sherpa é um grupo étnico oriundo do Tibet e que vive em alta altitude, renomado pela sua habilidade, força e lealdade. Porém esse nome ficou muito conhecido no decorrer do século XX como sinônimo dos guias (de alpinismo e treking) das montanhas. Nem todos os guias "sherpas" são de etnia Sherpa. Esses acima caminhavam o dia inteiro com 55 quilos nas costas, comendo apenas arroz e bolinho de arroz. Sylvain queria carregar ele mesmo a sua mochila, mas eles não aceitam de jeito nenhum, pois isso representa menos emprego.

O sinal acima à direita não tem o mesmo significado que teve na Segunda Guerra Mundial. Trata-se da Svastika, que simboliza a eternidade. Para os nepaleses trata-se de um símbolo de alegria, em nada ligado ao racismo. Na India e no Tibet o sentido é parecido, sempre positivo. 

Bom preparar o corpo e o espírito para essa viagem... Da qual com certeza você não volta o mesmo!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cake Thé, Delícias de Bourges

Quando estivemos no ano passado na simpática cidade de Bourges, na França, no sábado à noite nos aventuramos por umas ruazinhas perto dos antigos muros da cidade e nos deparamos com o que parecia ser um adorável  "Salon de Thé" (Salão de Chá), infelizmente fechado naquele momento. 


Mas porque o local me chamou a atenção?
Primeiro porque ele não estava em nenhuma rua animada, e se "funciona" é porque os clientes são atraídos de outra forma (não são simplesmente clientes de passagem).
Segundo porque vimos pelos cartazes colados em frente que o local foi selecionado por diversos anos consecutivos pelos famosos guias de viagem franceses Le Routard e Le Petit Futé, sendo que praticamente nenhum francês interessado em história, arquitetura e bons endereços não viaja sem o primeiro deles. Geralmente essa indicação é coisa séria!
Então decidimos que não poderíamos ir embora sem passarmos para o "café da tarde" no domingo, quando abre das 15h às 18h.
 Localizada em uma antiga construção do século XIV, o local lembra a casa da vovó (não a minha!), com objetos espalhados para todos os lados, quadros, luminárias...

Se as pessoas vem durante o almoço para apreciar seus pratos salgados, à tarde a festa é ao redor de seus bolos caseiros, acompanhados de creme inglês ou chantilly. Para os mais gourmands, imperdível o chocolate quente à moda antiga, e para os mais "conscientes", uma excelente escolha de chás de excelente qualidade.


Tudo é delicioso, e o atendimento é ótimo, feito pela própria proprietária que é apaixonada pelo que faz. Bom chegar cedo ou reservar pois o local fica lotado (não tinhamos reservado e compartilhamos a mesa com duas senhoras).
Cake Thé
74 bis, rue Bourbonnoux
18000 BOURGES

domingo, 8 de setembro de 2013

Une journée à la parisienne*

Aqui em casa adoramos tirar o dia para bater perna em Paris, mas temos as nossas responsabilidades no dia a dia, então nem sempre podemos fazer isso sem que seja na correria. Geralmente tentamos aproveitar após o trabalho, antes ou depois de encontrar os amigos, e muitas vezes estamos fora passeando. Porém moramos na região porque gostamos e curtimos muito a vie à la parisienne* (vida que levam os parisienses).

Neste final de semana resolvemos ficar na cidade tiramos o dia só para passear!

O sábado começou acordando tarde e com uma visita à mediateca em frente à nossa casa. De lá seguimos para o Marché aux Puces (mercado das pulgas) de St-Ouen (ou conhecido como marché de Clignancourt). Esse "mercado" tem duas partes bem distintas, uma delas eu adoro e a outra eu odeio.

Uma delas é o tradicional mercado de antiguidades, onde podemos encontrar de tudo, desde móveis de diferentes épocas (normalmente em excelente estado), esculturas, telas, molduras, bibelôs, jóias... De tudo para decorar a casa e as pessoas de gostos tão diferentes, mas com dinheiro no bolso, já que comprar coisas de outras épocas não é nada barato.

Os comerciantes do setor comentam que as novas gerações não gostam de nada que seja "antigo", não se interessam pelo trabalho artesanal, a qualidade das matérias-primas, e preferem uma decoração clean e moderna estilo IKEA, mas que felizmente eles encontram uma clientela internacional que aprecia esses objetos repletos de história e frutos de muito trabalho e criação, como alguns povos asiáticos, do Oriente Médio e alguns americanos, russos e brasileiros afortunados.

A outra parte é a feira ao ar livre que na verdade é um grande camelódromo e cos "vendedores" ambulantes de falsificações de grandes marcas.

Qual delas eu adoro?
Acertou quem pensou na primeira opção. Na verdade são 15 mercados reagrupados no mesmo bairro: Serpette (o mais seletivo, referência internacional em antiguidades "preciosas"),  Vernaison (o mais antigo, onde tudo começou), Paul Bert, Antica, Biron, Cambo, Dauphine, Django Reinhardt, Jules Vallès, le Passage, Malassis, Malik, l'Entrepôt, des Rues et Brocantes  et L'Usine & Lécuyer (somente para professionais, trabalha com exportações em grande quantidade). Ou seja, são centenas e centenas de lojas et stands. Adoro passear por esse ambiente único que reúne antiquários, criadores, artistas, artesãos, restauradores et marchands, conversar com eles, encher os olhos, pois comprar já não quer dizer que eu possa, primeiro porque falta o dindim e segundo porque temos que escolher bem, já que o nosso apartamento é pequeno e não dá para ficar enchendo de coisas! 

Acabamos encontrando uma vendedora de antiguidades que fez questão de nos mostrar mais de 100 peças da sua coleção de estampas japonesas, explicando cada detalhe e acabamos sucumbindo a uma peça de 1891 do artista Chikanobu.
Depois fomos almoçar em um restaurante branché que fica ao lado da entrada do marché Serpette: Ma Cocotte, do qual eu já tinha falado aqui.

Ambiente sempre agradável, clientela e funcionários com ares alegres e sorridentes e desta vez optamos pelo Fish & Chips, já que estávamos com um espírito Notting Hill.

Deixamos para comer a sobremesa mais tarde, no meu "sorveteiro" preferido: Berthillon, na Île de Saint Louis, do qual também já falei aqui. Os sorvetes são de fabricação artesanal, sem colorantes nem conservantes e os sabores mudam de acordo com as estações... Não resisto ao chatilly caseiro, seja ele normal ou de morango.
Essa foto foi da penúltiva vez, hoje começou a derreter e não tive tempo de fotografar!

Acabei não resisti e dei uma passadinha na loja "Première Pression Provence", que vende excelentes azeites de oliva do sul da França e diversos outros produtos da região, tudo de qualidade de primeiríssima! Há anos sou fã da marca e fui me reabastecer em vinagre de framboesa. As saladas ficam fabulosas! 
 Vou testar também o de figo e depois conto para vocês!

Precisei dar uma passadinha nas redondezas do Opéra Garnier e acabei entrando na lojinha (podemos ver uma parte do "Opera" da loja). Se o Opera Garnier foi construído mais tarde (1875), a sua Escola de Dança foi criada na época do rei Luís XIV e comemora agora em 2013 seus 300 anos, sendo a mais antiga escola de dança do mundo ocidental.

 Não danço nada mas sou fascinada por esse universo e se um dia tiver uma filha, gostaria muito que ela tivesse aulas de ballet. Mas é claro que o mundo também precisa de bons dançarinOs.

 As crianças que ali iniciam seus primeiros passos são chamadas de "petits rats de l'Opéra", que quer literalmente dizer "ratinhos". 


Dali lembramos que tínhamos que comprr um presente para um bebê e pensamos direto na loja Nature & Decouvertes. Difícil explicar o conceito da loja, mas ali encontramos diversos artigos para o bem estar, tudo de qualidade, respeitando a natureza. Eles tem toda uma linha fofa para bebês e crianças para despertar os sentidos, ensinar e tudo é muito fofo. Dúvida cruel entre essas duas ovelhinhas:
Impossível tomar uma decisão e tivemos que apelar aos universitários ao vendedor. Qual deles vocês me aconselhariam?

Os dias por aqui passam rápido, levamos uma vida normal, só muda o endereço.