terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Por onde andei em 2014?

Ao buscar algumas fotos para ilustrar esse post percebi que realmente escrevi pouco no blog, e não consegui falar das viagens como gostaria.

Janeiro: Aproveitamos um final de semana e simplesmente atravessamos a fronteira para conhecer melhor nossos amigos belgas. Gand é uma cidade linda que nos surpreendeu! Tão bonita quanto Bruges, mas bem mais animada e viva, com gente de verdade, não apenas turistas.


Fevereiro: Já comentei que adoro visitar no inverno países que na minha imagem são frios e combinam com o inverno, e seguindo esse princípio fomos conhecer o frio norueguês. Tivemos um pouco de azar (ou sorte?), pois esse ano quase não fez frio! Oslo sob a neve é um encanto!


Mas cansados do friozinho, dos dias cinzas, em fevereiro também fomos para o Marrocos!
E realmente começamos com muito sol e temperaturas agradáveis, mas também pegamos muito frio e mesmo muita neve, quase ficamos bloqueados quando quisemos atravessar as montanhas do Atlas, uma das cadeias de montanhas que corta o Marrocos.
Mas foi só passar uma curva e nos deparamos com o deserto e o calor!




Realmente o Marrocos nos surpreendeu: tem de tudo em termos de clima e o povo é bem hospitaleiro. Lá também encontramos outros franceses e fizemos grandes amigos que são, como nós, apaixonados por viagens.

Março: Voltamos à Nápoles não somente pela comida e pelo ambiente, mas para visitar dois sítios arqueológicos incríveis: Pompéia (que todo mundo já deve ter ouvido falar) e Herculanum, outra cidade destruída pela erupção do vulcão Vesúvio no início da nossa era.


Também passamos em Bordeaux para visitar amigos e aproveitamos para esticar em Saint-Emilion.
Saint-Emilion
Bordeaux

Abril: Voltamos à Turquia, mas desta vez para visitas bem arqueológicas, com locais remarcáveis e inesquecíveis como Efesus, Afrodisias, Millet, alé de uma passada pela cidade de Antalya, bem "européia", moderna em termos de habitantes, nada a ver com a Turquia que a gente vê quando vai à Istambul.



Maio: Na falta de viagens mais longas, passeamos pela região parisiense e aproveitamos para conhecer o castelo do escritor Alexandre Dumas

Junho: A idéia era aproveitar as comemorações dos 70 anos do Dia D, o desembarque dos aliados na Normandia. Porém na última hora percebemos que não tinhamos sido formalmente convidados, como Barak Obama, a rainha da Inglaterra, o presidente russo ou os antigos combatentes e suas famílias. Ou seja, para nós, só mesmo de longe!
Resolvemos passar por cidades mais calmas da Normandia (nessa época de comemorações, pois de uma forma geral elas são o resto do ano calmas), como Falaise e seu majestoso castelo de Guilherme (ou William) o Conquistador e aproveitamos o ar puro e fresco de Clécy.
Falaise
Clécy

Julho: Nossa grande viagem de férias de verão começou na Malásia e se estendeu durante 3 semanas atravessando a Tailândia com uma mochila (cada um) nas costas. Ou melhor, Sylvain com duas mochilas e eu com nenhuma :)

Kuala Lumpur, na Malásia

 Tailândia
Fez muito calor, curtimos muitas praias paradisíacas, comemos muito bem (pelo menos eu, acho que o marido não diria a mesma coisa), visitamos muitos templos e ruínas antigas. Ficamos entre espiritualidade e natureza. Essa viagem foi bem eclética!

Agosto: De volta à Paris, aproveitamos um final de semana e demos um pulinho em Saint-Malo, uma cidade costeira da Bretanha que adorei quando estive pela primeira vez na França em 2008, e que 6 anos mais tarde continuou me encantando, apesar da metereologia que não ajudou muito.


Setembro: Com as mudanças no meu trabalho e as férias de verão recém terminadas e o retorno das aulas, não consegui organizar nenhuma viagem em setembro e Sylvain não queria se ausentar nesse período que para ele é decisivo. Ocasião de aproveitar melhor dos restaurantes e teatros parisienses, Nuit Blanche e Jornadas do Patrimônio, e ainda demos uma saidinha de Paris para visitar a casa de Rodin que fica fora de Paris, em Meudon.

Outubro foi bem intenso: começou com uma viagem à trabalho na cidade Francesa de Arles, no coração da região chamada Camargue. Famosa pelas suas ruínas datando da Antiguidade (seu anfiteatro romano), pelos seus campos e seus cavalos brancos correndo pelo pelos campos alagados, berço dos Gipsy Kings, cidade de Christian Lacroix e sem esquecer a mulher Arlesienne, sinônimo de mistério, elegância e liberdade.


Continuamos esse mês descobrindo outros lugares da Alemanha, como Stuttgart e Berlim.

Stuttgart
Berlim

Novembro me proporcionou a oportunidade de rever Londres, mas desta vez com as amigas. Fui meio que por impulso, em um momento em que realmente estava muito atarefada, cansada e sem poder sair de Paris. Mas valeu a pena!


Em dezembro vou ficar por aqui mesmo, sem tempo nem energia para viajar.
E eu que achava que não tinha conseguido viajar tanto em 2014, acho que no final das contas nossos passeios não deixaram nada a desejar!

Espero poder continuar fazendo o que gosto em 2015 e desejo tudo em dobro a vocês que leram até aqui.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sobre morar no Brasil e Bicicletas

Se um dia eu voltar voltar a morar no Brasil acredito que uma das coisas mais dificeis a me readaptar seria a mentalidade das pessoas. O Brasil é aquele pais lindo, todo mundo é alegre, amigo, hospitaleiro, ninguém nunca quer te passar a perna e não existe preconceito. Não é isso?

Uma vez jah tinha comentado aqui algo que me chocou muito e volto a bater na mesma tecla: infelizmente uma parcela significativa da sociedade brasileira soh vive para julgar os outros pelo carro que se tem, pelo meio de transporte que se usa e por ai vai. 

Vocês leram a reportagem do Estadão sobre as ciclovias? Pior do que os moradores serem contra (ninguém é obrigado a ser a favor de tudo), foram alguns moradores que disseram frases do tipo:
"quem anda de bicicleta não presta"
"são pessoas não-qualificadas"
"se eu fizer um jantar na minha casa onde meus amigos irão estacionar?"
 Sinceramente, quando ouço ou leio frases desse tipo em um primeiro momento não acredito, penso que deve ser uma pegadinha, devo ter entendido errado. Não é possivel esse tipo de comentario tão preconceituoso e tão centrado no seu proprio umbigo.

Então, para mim, eu não poderia morar em um pais que soh valoriza os veiculos, onde a população soh acha bonito viadutos e rodovias com uma dezena de vias e onde uma pessoa que não tem carro proprio e que anda de transporte publico (ou bicicleta) é não qualificada. 

Cada vez que vou ao Brasil encontro mais carros, mais engarrafamentos, mais poluição. Mas as pessoas acham bonito. Claro que as cidades da Europa passaram por isso, mas houve um momento em que elas perceberam que não podiam continuar daquele jeito e que era necessario pensar outras formas de locomoção no meio urbano. Não digo que eu esteja certa e os brasileiros errados, mas simplesmente que nossos pontos de vista não batem e o quão seria dificil viver nesse ambiente hostil.

Aqui na Europa as pessoas usam bicicleta como lazer (inclusive a burguesia adora o patinete, eu achava muito engraçado!) e como meio de transporte, na cidade e no interior. Fazem 40km por dia para visitar os castelos de bicicleta, levam os filhos para andar de bicicleta e inclusive incluem um assento para os menorzinhos. 


Mas enquanto essa "elite" brasileira acredita que quem não tem carro não presta, a não qualificada aqui prefere continuar andando de bicicleta (ou de ônibus/metrô/trem) pelo mundo afora.




segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Como se come carne de gado na França?

(Cuidado, esse post não é adaptado aos vegetarianos e às pessoas sensiveis.)

Na França se come muita carne de gado, de frango, pato, porco, ovelha, sem falar de outras, em menores proporções (e por uma pequena parcela da população) como o coelho, o cavalo ou animais de caça.

Mas hoje vou falar da carne de gado. De uma forma geral os franceses comem carne (bem) mal passada e acham um sacrilégio a forma como se come a carne (torrada) no Brasil. Aqui segue um exemplo que encontrei circulando pelo facebook e que reflete bem:


Quando a gente pede uma carne de gado, vão nos perguntar o tipo de cozimento:
Bleu, saignant, à point, cuit, bien cuit.

Quando cheguei na França eu pedia "très très bien cuit, s'il vous plaît !" (muito, muito bem cozida, por favor!)
Agora eu peço "à point", para ver como o nosso paladar muda. E hoje posso dizer que adoro a carne francesa, quando é de boa qualidade.

Mas por favor, amigos brasileiros, se vocês não comem carne mal passada, muito menos crua, nunca peçam em um restaurante o "tartare de boeuf". Tudo que é tartare é cru!!! Quantos brasileiros ja vi cairem nessa cilada!

Esse ainda não tive coragem de pedir, mas você vai encontrar em praticamente todos os bistrots franceses. Dizem que quando é bem feito é uma delicia!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Os Franceses são assim?

Esse video tem circulado nesses ultimos dias no meio franco-brasileiro e eu gostaria de compartilhar com vocês.

Primeiro porque o Alexis é muito engraçado, e conseguir brincar e fazer humor em uma lingua que não é a sua não é nada facil.

Segundo porque mostra, de uma forma bem humoristica, sempre levando na brincadeira, o que os brasileiros pensam dos franceses, e um certo estranhamento dele, enquanto francês, ao descobrir todos esses estereotipos.



Bom, e sobre francês parecer gay, lembr que a primeira vez que o meu marido foi conhecer os meus pais eu até quis escolher as roupas dele, pois se ele usasse as roupas ajustadas e "moderninhas" que ele tinha minha familia ia pensar que ele era gay! 

E como até hoje, sempre que comento com algum francês que eles tem essa fama de "sujinhos" eles me olham espantados, NUNCA ouviram falar disso, nenhum vizinho europeu, nenhum pais asiatco nem africano ou do oriente médio pensa isso... Também nunca passou pela cabeça deles que o brasileiro poderia ser o povo mais limpinho do mundo!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O que é preciso para morar na França?

Diariamente recebo muitos e-mails e mensagens via a pagina facebook do blog sobre o que seria necessario para vir morar na França legalmente. Por mais que eu goste muito de receber e responder mensagens dos leitores, acredito que centralizar as informações pode ajudar muita gente e realmente não consigo mais responder entre 30 e 40 mensagens por dia, sempre com as mesmas perguntas. Espero que essas informaçéoes, escritas de forma bem basica e didatica ajude a muitos brasileiros que sonham com a europa. Boa leitura e boa sorte!

1. Como regra geral, para viver na França legalmente é necessario ser francês ou ter um passaporte europeu, como é o caso de muitos brasileiros com cidadania italiana, portuguesa ou alemã.

2. Se não for o seu caso, e se você não preenche os requisitos para obter cidadania européia (verificar os requisitos com cada embaixada no Brasil, as regras mudam), as coisas ficam mais complicadas. Muitos estrangeiros optam por:
- visto de estudante. Precisa estar matriculado em uma escola de francês séria em um curso intensivo, ou então vir para um pos-graduação, mas isso é geralmente feito via o site Campus France. Caso o estudante não seja bolsista, para se manter financeiramente ele pode trabalhar no maximo 20h por semana ou 35h por semana durante as férias escolares.
- au pair. Consiste em cuidar de crianças, morando na cada da familia e simultaneamente aprender francês. Atenção, pois existe limite de idade (em torno de 26 anos) e precisa encontrar a familia antes de sair do Brasil.
- Visto de trabalho: consiste em encontrar uma empresa que contrate o estrangeiro e "banque" todos os procedimentos administrativos. Mas não é qualquer emprego, geralmente é quando a empresa acredita que essa pessoa é imprescindivel e decide investir nela. Tem que ter uma excelente experiência ou diploma, e ainda por cima em uma aerea onde existe carência de profissionais, como em Informatica (não falo de manutenção de computadores, mas de desenvolvedores de alto nivel, analistas, arquitetos ou gerente de projetos, por exemplo), Engenharia, Finanças, por exemplo (mas não conheço todas as areas).

Outros casos:
- Visto temporario por casamento com europeu: sim, quando o europeu mora na França, obvio que o conjuge tem o direito de morar aqui. Se você vai se casar com um europeu, não precisa entrar em pânico, seu visto não pode ser negado a não ser em casos de fraude ou outros problemas legais. Mas vale lembrar que no inicio o direito é temporario. Somente apos alguns anos é possivel entrar com o pedido de naturalização (tornar-se francês). Isso mesmo, não é porque o marido (ou esposa) é francês que nos tornamos franceses automaticamente com o casamento. 
Aproveito para dizer que é possivel adquirir a nacionalidade francesa continuando a ser brasileiro (se um dia o governo francês for de extrema direita, uma das idéias desse grupo é de ter que escolher entre uma ou outra nacionalidade).

- Direito de residência para pessoas "de posses". Quem consegue provar ter uma boa conta no banco e/ou uma boa renda entrando todo o mês, pode obter um visto. 

- Artistas: provando igualmente ter um certo dinheiro para se manter e apresentando um projeto na França.

- Empreendedores com um potencial de investimento na França, criação de empregos, etc. 

- Outros casos isolados são pessoas que fazem parte da legião estrangeira, e pessoas que pedem asilo (que conseguem provar que são perseguidas em seu pais de origem, ameaçadas pelo governo, por exemplo).

Resumo da historia: se você tem dinheiro, tudo é mais facil, mas se você pensa em ganhar dinheiro aqui, estah em busca de emprego, estudos, é bem mais dificil. Jah existem muitos estrangeiros e desemprego por aqui, então o governo não abre facilmente as fronteiras, dando prioridade para quem jah estah aqui, o que é logico, mesmo que não seja justo.

Então, se o seu sonho é morar na França, eu aconselho a ter um projeto, aprender um pouco de francês e verificar em qual caso você pode se encaixar.


* O texto se refere a uma residência legalizada na França. Sei que existem milhares de imigrantes ilegais por aqui, alguns vivem bem outros muito mal, e prefiro não opinar sobre o assunto. Conheci alguns, mas prefiro não falar sobre um assunto que não conheço diretamente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fauchon, somente fama ou realmente bom?

Há algumas semanas vi propaganda em todos os cantos de Paris sobre a Semana do Eclair na reputada maison Fauchon.

Para quem não sabe, Fauchon existe desde 1886 é uma "épicerie fine" que vende produtos gastronômicos "de luxo" para clientes dispostos a pagar o preço. Salmão defumado, fois gras, caviar, temperos, comidas prontas e doces... tem de tudo! Uma verdadeira referência em gastronomia francesa, conhecido no mundo inteiro. Nada surpreendente que as duas lojas localizadas na Place de la Madeleine, em Paris, estejam sempre lotadas (de turistas).

E o éclair é um dos meus doces franceses preferidos! Tradicionalmente longo, com uma massa crocante mas ao mesmo tempo macia um recheio que derrete na boca. Quando bem feito, uma explosão de sabores! Os mais comuns são de café, baunilha, chocotale. Eu adoro o de caramelo (à manteiga com sal) e não recuso provar sabores originais.

Realmente, à primeira vista os doces do Fauchon impressionam pela perfeição das formas e quantidade de sabores. Um design impecável. Sem nem pensar duas vezes abrimos a carteira e por 14 euros saímos com dois lindos e bem embalados doces.




Mas qual não foi a nossa decepção à primeira mordida, ao chegar em casa... Esses dois eclairs que compramos não tinham gosto de nada! O de chocolate (amargo) sem nenhuma personalidade, o chocolate passou totalmente incognito nessa receita... E o meu, com chocolate branco, creme e baunilha (de Madagascar) igualmente sem nenhum gosto, sem contar que o chereio de ambos não tinha nada de cremoso...

Do chocolate só ficou o amargo na boca dos 14€ gastos inutilmente...

Não sei se tivemos azar com os produtos que escolhemos, mas tenho visto que cada vez mais franceses andam se queixando do mal atendimento de lá assim como da qualidade irregular dos produtos e geralmente abaixo do esperado.

Bom, para quem quer pagar caro pela fama do local, pelo status e por que não pela "cara dos produtos", pode ser um bom endereço. Mas para os demais que apreciam realmente o sabor do que consomem, independente de ser caro ou não, melhor se dirigir a outros em endereços em Paris, mais modestos, provavelmente mais baratos e muito melhores!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mudando antigos conceitos

Quando cheguei na França, algumas coisas me estranharam muito (e ainda estranham), mas outras que tanto critiquei no início, rapidinho fui me acostumando! Vamos lá dar uma olhadinha em algumas delas:

1. Grandes travesseiros

Aqui na França é muito comum encontrar travesseiros no formato 65cm X 65cm ao invés dos retangulares (que também existem, mas em menor proporção) e foi uma das primeiras coisas com as quais me acostumei.
Não se enganem, apesar de "grandes", esses travesseiros podem ser bem macios (como o meu)...

2. Sabonete líquido
Sei que existe no Brasil, mas pelo menos quando eu ainda morava lá o consumo do sabonete em barra era bem maior.
No início até trouxe os meus da Natura, mas acho que no primeiro mês já aderi totalmente ao líquido, que hoje considero até mesmo mais higiênico. Atualmente são raros os franceses que utilizam o sabonete em barra, somente os mais velhos que não se acostumaram ao líquido, ou então para "decorar" o banheiro e lavar as mãos, mesmo se volta e meia dizem que o "sabonete ressuscitou".

Até mesmo o tradicional savon de marseille já faz a sua versão líquida!

3. Couette
Aqui se costuma usar um tipo de edredon, mas que é envelopado em uma capa em tecido "de lençol" combinando com as fronhas!

No início achei muito estranho, sentia falta do lençol normal entre o edredon e o corpo e até comprei alguns (que atualmente só uso uma ou duas vezes por ano, no verão, quando faz muito calor), mas também me acostumei. Eh tão prático para arrumar a cama, basta esticar o edredon e fica tudo arrumadinho! Sujou, basta retirar esse "envelope" e lavar.
Desvantagem? Não é nada fácil recolocar o edredon no seu envelope (housse)!!! Uma tarefa para homem, não sei como as meninas solteiras conseguem...

4. Plaques Induction
Nada moderna, eu só conhecia e jurava por fogão à gaz!!! Onde já se viu cozinhar sobre um "fogo" elétrico?
Mesmo se o meu marido insistia muito em equipar a cozinha com uma "placa de cozimento por indução" (não sei o nome em português, não cheguei a conhecer isso quando morava na terrinha, mas sei que agora se vende), foi somente quando liguei para a companhia de gás que o atendente me disse que não valia a pena abrir uma conta somente para o fogão a gás, que era muito ultrapassado e custava mais caro em energia!
Compramos a nossa placa com 4 zonas de cozimento (insisti por isso), uma bem legal que se adapta ao tamanho das panelas. Hoje cozinho de tudo e nunca notei nenhuma desvantagem a um fogão à gás, nem aumento considerável no consumo de eletricidade (mas é verdade que tendo o material adequado a gente acaba cozinhando mais).

5. Frio e Chuva
Quando cheguei na França, ha 6 anos, em pleno outono, a cada vez que chovia ou que estava frio eu não tinha vontade de sair. Até que percebi que se dependesse de calor e bom tempo eu ficaria metade do ano hibernando em casa!
Foi ai que vi que dah para sair, se divertir, passear e mesmo viajar se as condições climaticas não são as melhores!



E você, jah aconteceu de tanto criticar algo e depois acabou aderindo totalmente? 
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O muro de Berlim

Nesse momento em que se fala tanto em erguer um muro, vamos revisar brevemente a história do Muro de Berlim.

Com o final da Segunda Guerra Mundial - ou seja, a derrota da Alemanha e vitória dos aliados (EUA, França, Inglaterra mas igualmente União Soviética) - , Berlim foi dividida em 4 setores de ocupação, um para cada um desses quatro paises, mas a URSS ficou com a metade enquanto os outros 3 paises com a outra metade (o papel da antiga URSS tendo sido decisivo nesse lado da Europa para a vitoria doa Aliados).

Porém a fragilidade das relações entre os países do ocidente e a União Soviética fez com que essa divisão se passasse bem mal. "Isolados", os moradores de Berlim Oriental passaram fome e frio (sem energia), tiveram seus meios de comunicação cortados. Em 1961 foi construído o Muro, que só foi destruído em 1989.

No início se tratava de um muro só, mas em 1972 foi erguido um segundo, mais reculado, e entre os dois um vazio com arame farpado, torres de controle, minas e cachorros. 

Porém se naquela época o muro do lado ocidental já era coberto de "grafites" (que desaparecem com o tempo), do lado oriental ele continuava cinza (como toda Berlim Oriental, aliás) para facilitar o trabalho de controle. 

Da sua estrutura original resta muito pouco.

Atualmente, a parte mais longa, de 1,3km é o que hoje se chama East Side Gallery, onde 118 artistas (street art) de 21 países diferentes foram convidados a se expressar após a queda do muro. Infelizmente esse tipo de pintura não resiste muito assim exposta ao sol, chuva e outras condições climáticas, além de sofrer muito a ação dos turistas, que por alguma razão que escapa ao meu entendimento, querem deixar uma marca nessa história da qual não participaram, não ajudaram a construir nem desconstruir.











Fico muito triste quando vejo alguém estragando o patrimônio dos outros, na verdade triste nem é a melhor palavra, pois fico realmente irada!

Também podemos visitar o Memorial do Muro, com fios de ferro onde antes se encontrava o muro e 300 metros do verdadeiro, que sobreviveu e hoje é Munumento Histórico graça ao Pastor da igreja que ali se encontrava e que foi destruída por estar muito próxima da zona limítrofe. No seu lugar foi construída a Capela da Reconciliação.

 Vista da "fresta" do muro mais recuado: o cinza do concreto




Não muito longe da Potsdamer Platz (que antes era um no man's land), outros vestígios do muro.



E o Checkpoint Charlie, local de passagem entre os dois lados, visto e revisto em tantos filmes de espionagem! Foto de um soldado russo olhando para o oeste, enquanto um soldado americano olha para o leste.


(foto presente no local)

Você tem certeza que um muro é a melhor solução para os problemas de uma nação?